Economista vê perspectiva positiva para a Economia brasileira neste semestre 

Desde janeiro, os temas ligados à Economia estão sendo os principais desafios do novo governo, principalmente em razão da desconfiança do mercado. No entanto, as incertezas estão sendo equacionadas devido aos avanços que o País está conseguindo conquistar, tanto no controle da inflação quanto nas reformas necessárias para estimular o crescimento econômico. 

Ricardo Balistiero, doutor e professor de Economia do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), localizado em São Caetano do Sul, ressalta que as perspectivas para este semestre são positivas, comparadas àquelas projetadas em janeiro. “Há algumas variáveis que projetam um cenário favorável para o crescimento econômico, como  a trajetória de baixa da inflação, que, possivelmente, segundo as consultorias do setor e os bancos, conseguirá ficar próxima do teto da meta estabelecida para o ano. Certamente, essa perspectiva é resultado da responsabilidade fiscal mostrada pelo atual governo, do bom relacionamento com o Congresso Nacional e da política monetária do Banco Central”, afirma. 

O agronegócio, impulsionado pela safra recorde de grãos, deve ser um dos principais responsáveis pelo crescimento esperado para o Brasil neste ano. No entanto, os setores de serviços e indústria, embora ainda estejam paralisados, mostram perspectivas de crescimento para este semestre, o que pode ajudar a superar a previsão de crescimento para o ano, que pode ultrapassar o patamar de 2%, superior ao 1,5% projetado em janeiro. 

“Vale destacar que a taxa de câmbio está em processo de valorização nas últimas semanas em função da forte entrada de divisas, tanto pelo lado da balança comercial, que tem se mostrado muito robusta e muito positiva, quanto pela entrada de investimentos externos. Portanto, a perspectiva é de que o dólar fique abaixo de R$ 5,00 até o fim do ano, o que vai também favorecer o controle da inflação”, diz Balistiero. 

Taxa de juros

A Selic é a taxa básica de juros da Economia, que hoje está em 13,75% ao ano. A cada 45 dias, ela vira notícia no Brasil – seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

“Acredito que, para acelerar o crescimento econômico esperado para este semestre, o Banco Central precisa ter uma postura um pouco mais agressiva na redução de juros, pois essa medida vai ajudar o setor de crédito. O mercado espera um corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros dos atuais 13,75% para 13,25% na próxima reunião do Copom”, conclui o economista. 

28 de julho de 2023