KPMG lista 5 ações para a transformação no setor de seguros 

A KPMG indica 5 ações importantes para a transformação no setor de seguros consideradas relevantes para orientar as organizações diante das constantes transformações que o mercado vem sofrendo. A pressão por mudança para modernização também está sendo influenciada pelos objetivos de transformação mais amplos das organizações. Outros participantes estratégicos da cadeia de valor atuarial, como finanças, desenvolvimento de produtos, já estão trilhando o caminho rumo à transformação e à modernização digitais. Essas conclusões constam no estudo “Insurance Transformation”, feito pela KPMG com base na análise de mercado dos seus especialistas.

“Enquanto observamos uma crescente evolução no setor de seguros, acompanhamos uma mudança nas áreas de front, middle e back office para apoiar essas estratégias de crescimento. Os líderes do setor entendem a importância da função da área atuarial e isso é perceptível durante a melhoria dos processos, e das estratégias de risco com o objetivo de entregar um apoio operacional de qualidade e efetividade funcional para o negócio”, diz Cláudio Sertório, sócio-líder de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil.

As 5 ações listadas no estudo da KPMG são:

Defina a sua visão e alinhe-se com a estratégia de negócio: a área atuarial tem uma certa complexidade para atuar e transformar em pequenas e isoladas etapas. Ela deve ser incorporada a uma transformação mais ampla da área financeira e alinhada à estratégia geral do negócio. Os diretores atuariais devem pensar sobre quais problemas eles buscam solucionar para a empresa e então analisar seu papel no processo integral e na geração de valor que seus serviços oferecem para a instituição.

Domine os dados: as novas mudanças regulatórias (CPC 50/IFRS 17 e o LDTI das US GAAP) demandam dados mais detalhados das instituições de seguros. Para isso o uso das novas tecnologias é fundamental na busca e organização desses dados que são facilitadores na hora dos cálculos e as análises aprimoradas. Isso proporcionará uma visão melhor dos riscos e das potenciais variáveis.

Entenda o uso das tecnologias: a tecnologia é a agilizadora no processo da transformação atuarial que é conduzida pelos negócios. Assim, uma vez detectados os desafios que os líderes precisam solucionar, identificar quais as ferramentas tecnológicas são as mais bem indicadas para executar essa solução. Nesse sentido a automação está sendo utilizada por muitos líderes do setor para que os atuários se dediquem nas análises mais estratégicas. A Automação Robótica de Processos, por exemplo, está se mostrando eficaz como facilitadora de comunicação entre sistema de legado e processamento de dados relevantes às análises.

Transforme os profissionais: existe grande concorrência por atuários com as habilidades-chave de negócio e comunicação necessárias no ambiente atual. Isso está fazendo com que os atuários considerem uma gama de outros modelos, incluindo serviços compartilhados, serviços gerenciados, terceirização e terceirização parcial. Há uma oportunidade para a área atuarial aumentar o alcance de atuação e prestar suporte de forma mais amplas, tais como os fatores ESG, os riscos climáticos e as iniciativas atuariais e de seguros não convencionais.

Gerencie a mudança: os líderes atuariais devem buscar inputs e suporte dos desenvolvedores, da equipe de liderança, juntamente com outros consumidores de insights atuariais em toda a organização, particularmente da área financeira e de TI. Eles precisam incentivar uma cultura de experimentação e adaptação, o desenvolvimento de habilidades e competências enquanto simultaneamente integram novos modelos operacionais para garantir que sejam capazes de atender continuamente às necessidades da empresa enquanto atraem e retêm novos talentos.

“O posicionamento das áreas atuarial e financeira de uma organização para a adoção das mudanças será importante e definidora de como essa transformação terá êxito. Os profissionais do setor precisam estar abertos às inovações e oportunidades criativas de mudanças que trazem valor às empresas que trabalham”, conclui diz Joel Garcia, sócio-líder de Serviços Atuariais da KPMG no Brasil.

3 de janeiro de 2024