ABC aguarda um Natal mais generoso: gastos devem subir 16%

Levantamento da Metodista indica aumento do consumo na região

O preço médio que consumidores do ABC paulista estão dispostos a pagar por presente de Natal este ano é de R$ 165,70. Comparado aos R$ 129 encontrados na PIC (Pesquisa de Intenção de Compras) de 2020, houve aumento real de 16% se descontada a inflação acumulada de 10,73% nos últimos 12 meses até novembro.

Igual taxa de crescimento real de 16% deve ser observada na movimentação econômica de R$ 305 milhões em torno da data nos sete municípios da região, contra R$ 262 milhões no ano passado.

Foto: Divulgação

Já os gastos médios planejados (mais de um presente, ceia etc) chegarão a R$ 558,80. No ano passado esses gastos planejados foram estimados em R$ 393 por consumidor, o que significa aumento real de cerca de 28% neste Natal, conforme pesquisa do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.

Segundo professor Sandro Maskio, coordenador do levantamento, contribuíram para a melhora da ida às compras as regras menos severas de distanciamento social em virtude da ampliação da vacinação, além dos indicadores mais amenos da pandemia de Covid-19. “Isso deve ampliar a realização de reuniões familiares e motivou a ampliação do número de pessoas as serem presenteadas”, apontou. Ele lembrou, porém, que a aguardada movimentação de R$ 305 milhões no ABC equivale a voltar ao Natal de 2016, ano de retração que impactou posteriormente toda a economia.

Na web

Assim como no Natal de 2020, a internet (29,8%) se mostrou o meio de consumo preferido em razão das mudanças de hábitos impostas pela pandemia. Seguem-se entre os estabelecimentos apontados para as compras os shopping centers (26,9%), comércio formal do centro da cidade (26,2%) e comércio de bairro (11,2%).

Os principais presenteados apontados na PIC pertencem ao núcleo familiar, liderados pelas mães (19,7%), pais (12,7%), filhos (11,5%) e esposa/marido (10%). Os presentes mais mencionados são vestuários/calçados (33,9%), perfumes/cosméticos (17%), brinquedos (16,6%) e relógios/joia e bijuterias (4,9%). A pesquisa envolveu 354 questionários validados.

16 de dezembro de 2021