Empreendedores dão dicas para celebrar o orgulho nerd

O dia 25 de maio comemora legado de Douglas Adams e a estreia de Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança

Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante… Quer dizer, há alguns anos, na Terra, se instituiu, no dia 25 de maio o Dia do Orgulho Nerd, também conhecido como Dia da Toalha, que vem celebrar o geek ou nerd que existe dentro de todos nós.

A ideia de dedicar um dia para celebrar a nerdice surgiu na Espanha em 2006, quando o blogueiro espanhol Germán Martínez, que escolheu o dia para coincidir com o lançamento de Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança em 1977. A data se espalhou rapidamente pelo mundo, chamando a atenção da grande mídia também.

A data também é conhecida como o Dia da Toalha, em homenagem a Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias, onde seus fãs carregam toalhas com eles para o trabalho, para a escola e como parte de suas atividades diárias – sendo uma das grandes referências a obra. Mas, a coisa mais importante que você precisa lembrar para comemorar é NÃO ENTRE EM PÂNICO; não importa se o dia seja complicado é só se lembrar que você carrega sua confiável toalha.

Com toda essa história, não tardaria a executivos C-level e empreendedores mostrarem seu lado nerd e usarem isso em seus negócios e decisões. Confira dicas de livros, filmes e séries que CEOs, diretores e gestores trazem e que podem ser de grande ajuda para aqueles que desejam entrar no universo nerd.

A Roda do Tempo

A obra do autor americano Robert Jordan baseia-se em vários elementos da mitologia europeia e asiática, mais notavelmente a natureza cíclica do tempo encontrada no budismo e no hinduísmo, os conceitos metafísicos de equilíbrio e dualidade e um respeito pela natureza encontrado no taoísmo, já tendo vendido mais de 90 milhões de cópias e sendo adaptada para uma série do Prime Vídeo.

“Os detalhes e toda a mitologia envolvida são incríveis e o mundo é incrivelmente detalhado, não apenas a terra e os personagens, mas moda, costumes regionais, sistemas éticos, política, dinâmica de gênero, economia, história e até mesmo uma cosmologia intrincada que dá à série seu título. Todo ‘herói’ é falho. Eles cometem erros, assim como todos nós mostrando como podemos aprender com isso e usar esse conhecimento em diversas situações”, analisa Pedro Gigante, Co-Founder e CRO da SuperAutor.

Dark

Um dos fenômenos de audiência da Netflix, a série alemã Dark mostra que, com o desaparecimento de uma criança, os segredos e as conexões ocultas entre quatro famílias são expostos, enquanto uma sinistra conspiração de viagem no tempo que abrange várias gerações se desenrola.

“Sabemos que assistir Dark nos faz querer que o peixe-babel do Guia do Mochileiro das Galáxias seja real. A série narra os eventos estranhos que cercam Winden, uma cidade pequena e chuvosa no interior da Alemanha (não cai mal levar sua toalha). Ao combinar elementos de ficção científica e mistério com uma excelente estrutura narrativa, Dark apresenta e soluciona um quebra-cabeça complexo ao longo das três temporadas. Levantar do sofá, só se for para pegar mais pipoca. Posso dizer que considero que a série é uma representante madura do gênero ficção científica”, explica Cristina Fragata, COO na Attri.

2001 – Uma Odisseia no Espaço

Uma das obras definitivas de ficção científica dos cinemas, o filme, de 1968, do extraordinário diretor Stanley Kubrick trata de temas como a evolução humana, o existencialismo, a tecnologia, a inteligência artificial e a vida extraterrestre por meio de um realismo científico, surrealismo e músicas clássicas. Indicado por Carlos Tabosa, Diretor de Tecnologia da Opah IT, empresa de soluções customizadas de TI, atualmente é considerado uma das maiores obras da história da sétima arte o Oscar de Melhores Efeitos Visuais.

Matrix

O filme das irmãs Wachowski foi uma sensação nos cinemas em 1999 e trouxe muitas inovações para a indústria cinematográfica. Os efeitos especiais empregados, a narrativa e os personagens são louvados até hoje, mais de 20 anos depois do lançamento. Mesmo com sequências que não são tão aclamadas, o filme faz parte do imaginário popular e inspirou inúmeras obras. “A obra é inspiradora pois mostra uma das fronteiras mais distantes onde a tecnologia pode nos levar”, afirma Rafael de Paula Souza, Co-Founder e CEO da Ubots.

A Invenção do Morel
“Se pensar no Dia da Toalha é pensar em ficção científica, é difícil não indicar os primeiros livros do gênero, que é um dos meus favoritos. E eu poderia falar do H.G Wells, que escreveu a Ilha do Dr. Moreau em 1896 ou A Máquina do Tempo em 1895, mas quero destacar um autor latino-americano: Adolfo Bioy Casares e seu livro A Invenção de Morel. O autor argentino foi brilhante ao escolher o formato da narrativa: um diário que conta a história de um homem condenado à prisão perpétua que foge para uma ilha isolada. Ele acreditava estar sozinho e que jamais veria outros humanos em um lugar tão isolado. Até que um grupo aparece misteriosamente na ilha e o suspense preenche sua rotina. Um livro com ares nerd ‘before it was cool‘, apresenta Cristina da Attri.

Duna

Também já transformado (mais de uma vez) em obra cinematográfica, Duna, romance de ficção científica do escritor americano Frank Herbert, vencedor do prêmio Hugo de 1966, é uma daquelas obras que qualquer nerd deve ler e é mais uma indicação de Carlos Tabosa. O livro conta a história do jovem Paul Atreides, na ocasião da transferência de sua família para o planeta Arrakis. É uma história que explora as complexas interações entre política, religião, ecologia, tecnologia e escolhas e consequências em alicerce às emoções humanas entremeadas com filosofia, religião e análises psicológicas.

Ex Machina

Um representante mais “moderno” em nossa lista, Ex Machina, de 2015, indicação de Rafael de Paula Souza, da Ubots, conta a história de Caleb Smith, um programador de uma grande empresa de Internet, que ganha um concurso que lhe permite passar uma semana na propriedade privada de Nathan Bateman, o brilhante CEO de sua companhia. Quando ele chega, Caleb descobre que ele foi escolhido para ser o componente humano em um teste de Turing para determinar as capacidades e consciência de Ava, um belo robô. No entanto, logo se torna evidente que Ava é muito mais auto-consciente e enganosa do que qualquer um dos homens imaginava. “O filme mostra a fronteira limite da Inteligência Artificial, e é feito com maestria”, diz Souza.