Hub promove inovação e empreendedorismo dentro da USCS

Projeto de aceleração conduz startups por três fases de investimentos 

O ABC ganhou um novo espaço para aceleração de startups. Entrou em funcionamento em março o espaço físico do hub de inovação Biosphere, iniciativa instalada dentro do campus Conceição da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). 

A ação foi viabilizada após a junção de três empresas: ED6 (consultoria educacional), Ozonean (aceleradora de startups) e X por Y (fintech de permuta multilateral). Após acordo com a universidade, as três juntaram experiências e desenvolveram metodologia própria para alavancar startups. O método é aplicável para projetos de diferentes níveis e funciona para startups que ainda estejam em fase de ideação ou para aquelas que já possuam um MVP (Minimum Viable Product, ou, em português, Produto Mínimo Viável). 

André Castilho coordena os trabalhos desenvolvidos no hub | Foto: Arquivo pessoal

A metodologia prevê que as startups passem por três fases de investimento ao longo da aceleração. Na primeira, a iniciativa receberá um aporte da própria Biosphere pelo formato de venture builders por meio da empresa X por Y. A ideia é que as startups utilizem a plataforma de permuta para resolver as principais questões que envolvem a cadeia de fornecedores para viabilizar o negócio. 

Na segunda etapa, o hub de inovação presta todo o auxílio para os empreendedores consigam recursos via editais externos. De acordo com o coordenador do espaço, André Castilho, na maioria dos casos o escolhido para esta etapa será o PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), instituição mantida pelo governo estadual. 

“Nossa equipe, especialmente a equipe da ED6, é especializada nisso. Eles têm uma taxa de aprovação muito alta neste edital. No ano passado eles cadastraram 30 projetos e registraram 26 aprovações”, justifica. Em caso de aprovação neste certame, conforme informações do coordenador, a startup pode conseguir aportes de até R$ 1,5 milhão. 

Por fim, após receber esses investimentos e passar por diversas mentorias, a startup apresenta um demoday para buscar a captação de investidores privados, por meio de fundo de investimentos. “A startup chega nesse estágio mais madura, com o produto lançado e o caixa um pouco mais estruturado”, comenta Castilho.

No momento, 11 startups estão sendo aceleradas nas dependências do Biosphere. Para participar do hub, é necessário se inscrever nos editais do local. O acordo com a USCS prevê que sejam abertos três editais por ano, que devem selecionar no mínimo dez iniciativas (dessas, obrigatoriamente 30% ou mais devem ser iniciativas que possuam ligação com a comunidade da universidade, ou seja, devem ser projetos de alunos, ex-alunos ou oriundos do corpo docente da instituição). O próximo chamamento deve ser aberto entre agosto e setembro. 

O fato do hub funcionar dentro da universidade permite que os empreendedores tenham acesso a toda a estrutura do local (física, técnica e acadêmica). Por sua vez, o Biosphere, além de oferece conexões do mercado com a USCS, desenvolve cursos de extensão, temas para iniciação científica e demais ações que contribuem com a formação dos estudantes. O contrato com a universidade é de cinco anos e prevê o hub tenha salas de reunião, auditório próprio e 65 posições de trabalho.

6 de maio de 2022