Vestibulares de inverno são oportunidade para iniciar trajetória acadêmica

O sonho da graduação é algo presente na vida da maioria dos jovens desde muito cedo. São anos de estudos projetados para o momento de prestar o vestibular, ocasião que certifica a aptidão do aluno para ingressar na faculdade escolhida. 

Embora o período tradicionalmente lembrado pelos vestibulares seja o fim do ano, muitas instituições também oferecem a oportunidade de ingressar nas instituições por meio de exames no meio ano, algo que tem se popularizado nos últimos anos. 

Marcel Xavier de Souza é supervisor de vestibular do Singular Anglo | Foto: Divulgação

De maneira geral, isso ocorre com maior recorrência na rede particular do que na rede pública. Justamente por isso o supervisor de vestibular do Singular Anglo, Marcel Xavier de Souza, recomenda que os estudantes sejam criteriosos no momento de escolher a instituição em que prestarão o exame. 

“Existem boas universidades que têm vagas no meio do ano, algumas delas inclusive pela edição do Sisu, faculdades públicas. Mas o aluno precisa tomar cuidado porque agora é momento de muito oportunismo de faculdades particulares de qualidade duvidosa”, alerta. 

O especialista comenta que em alguns casos existe a falsa impressão de que os vestibulares de inverno são “mais fáceis” pelo fato de haver menos concorrência na comparação com os exames de verão. No entanto, ele afirma que em muitos casos essa percepção não se confirma, já que a oferta de vagas também costuma ser menor. 

“A oferta de vagas no meio do ano, na maioria dos casos, é muito menor do que no final do ano. No fim do ano abre muitas vagas. Então, existe uma tendência de o aluno achar que no meio do ano é mais fácil de entrar, só que é uma ideia errada. Porque acaba tendo bem menos vagas e em alguns exames a relação candidato-vaga chega até a ser maior do que no final do ano”, detalha Souza.

Sabedoria emocional 

Com a experiência de quem lida com estudantes que buscam entrar na faculdade dos sonhos diariamente, o docente destaca que os jovens precisam ter “muita maturidade” para não se abaterem caso o resultado obtido não seja aquele almejado.  

“Se o aluno optar por prestar vestibular no meio do ano, ele precisa ter muita maturidade para que isso não seja um balde de água fria. Porque tem alunos que apostam todas as fichas agora no meio do ano e no caso de não passar, gera uma depressão, um desestímulo, então ele entra no segundo semestre de cabeça baixa se sentindo fracassado e isso pode arruinar todo o projeto de estudos do segundo semestre” 

“Bola pra frente”

Caso o estudante não alcance o resultado desejado, nada de desanimar. “Se não der certo, bola pra frente, foi uma experiência a mais e vamos encarar os estudos no segundo semestre como se nada tivesse acontecido”, recomenda Souza, tanto para quem já estava matriculado em cursos pré-vestibulares, quanto para quem não estava. 

O docente ressalta que existe a modalidade “semi” nos cursinhos – uma temporada de estudos que começam em agosto com foco nos exames do fim do ano – e que por meio deles é possível atingir ótimos resultados nos vestibulares de verão. “Recomendo fortemente que o aluno faça isso”, finaliza. 

6 de junho de 2023